Resenha: Arte-educação contemporânea _ Consonâncias internacionais; Ana Mae Barbosa (org.); ; Flavia Cunha Bastos.
A autora defende uma prática com base na realidade das comunidades, relata sua experiência prática de doutorado nos EUA e tem nas realidades locais a principal fonte de pesquisa para a valorização da cultura e dos recursos existentes e disponíveis na comunidade. O que contribui para a afirmação das identidades culturais dos alunos e de suas possibilidades de atuação na sociedade como cidadãos.
A autora defende uma prática com base na realidade das comunidades, relata sua experiência prática de doutorado nos EUA e tem nas realidades locais a principal fonte de pesquisa para a valorização da cultura e dos recursos existentes e disponíveis na comunidade. O que contribui para a afirmação das identidades culturais dos alunos e de suas possibilidades de atuação na sociedade como cidadãos.
Democratizar o ensino da arte é valorizar a arte popular sem distingui-la, em valor, junto à cultura erudita. Segundo a autora:
“A prática do ensino da arte... oportuniza a estudantes e educadores, compreender melhor a dinâmica de vida à sua volta, examinando as dinâmicas econômicas, políticas e educacionais.” (CUNHA, p. 129, 2005).
Tais práticas, “têm o potencial de realizar os objetivos educacionais de Paulo Freire, constituindo uma prática educativa que busca promover mudanças sociais pelo processo de conscientização” (Idem, p. 130, 2005).
Embasada nas teorias freirianas, a autora defende a ação de perturbamento do familiar, a fim de reinterpretar o cotidiano com o qual a comunidade já está familiarizada, tratando também do multiculturalismo e da diversidade cultual.
Critica uma tendência de alguns professores que trabalham com a teoria do multiculturalismo sem discutir criticamente, questões sociais e estruturais.
Posteriormente, descreve algumas experiências de arte-educação vivenciadas pela professora norte-america, Leah Morgan, em Indiana com alunos do interior em Orleans onde, supostamente, o preconceito não possibilitaria encontrar nenhuma manifestação artística local.
“Investigar essas questões possibilitaria aos alunos discutir esses preconceitos e motivar formas mais críticas de ação.” (Idem, p. 241, 2005).
Posteriormente chama a atenção do leitor para três pontos:
“é importante que este estudo seja acompanhado de uma análise de contexto, sistema de valores e instituições que influenciam a comunidade.” (Idem)
Assim para uma prática efetiva no ensino da arte na comunidade, incluiria uma crítica às dinâmicas de poder existentes na sociedade, afim de, promover mudanças sociais e de estreitar os laços entre escola e o meio em que está inserida.
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