Resenha do texto: . Ana Mae Barbosa.
A autora inicia o texto ressaltando a importância da formação superior em arte, para o desenvolvimento de pesquisas em arte-educação. Remete a fatos históricos como a implantação da República, que valorizou o ensino de direito em detrimento das Escolas de Belas Artes. Tal valorização herdada de uma negação à influência francesa dessas escolas, que por sua vez tinha relação com o Império e com o neo-classisismo.
Tais antipatias também se refletiam contra imigrantes franceses, em especial aos da missão francesa, vindos a mando do imperador e que ressaltavam desconfiança pelas circunstâncias políticas em que se encontrava a Corte portuguesa e Napoleão.
A autora ressalta que no período em que para cá vieram os franceses, o barroco brasileiro era a manifestação estética vigente. Tal fato agrava a antipatia pela influência neo-clássica, de certa forma imposta pela novo contexto histórico.
O pouco-caso legado pelo ensino das artes no país, leva a arte e a Escola de Belas Artes a serem consideradas como acessórias e burguesas e fica reiterada no Decreto de 1816, com o qual Dom João VI cria o ensino artístico no Brasil, fundando a Escola de Ciências, Artes e Ofícios no Rio de Janeiro.
Até aquele momento, historicamente privilegiado, o ensino literário vinha de uma tradição jesuítica voltada para as letras e de influência hispânica e portuguesa, das escolas colonialistas e retóricas. Tal fato também contribuiu para levar o ensino das artes a segundo plano.
Um outro preconceito enfrentado neste aspecto foi o fato do país encontrar-se, aos olhos dos europeus, atrasado industrialmente, intelectualmente e abarcar a mão-de-obra escrava como principal promotora da economia do país.
“O preconceito contra a atividade manual teve uma raiz mais profunda, isto é, o preconceito contra o trabalho gerado pelo hábito português de viver de escravos.” (BARBOSA, p.27)
Com a abolição da escravatura, o ensino do desenho passa a atender às necessidades técnicas das pequenas manufaturas em implantação no país.
A autora inicia o texto ressaltando a importância da formação superior em arte, para o desenvolvimento de pesquisas em arte-educação. Remete a fatos históricos como a implantação da República, que valorizou o ensino de direito em detrimento das Escolas de Belas Artes. Tal valorização herdada de uma negação à influência francesa dessas escolas, que por sua vez tinha relação com o Império e com o neo-classisismo.
Tais antipatias também se refletiam contra imigrantes franceses, em especial aos da missão francesa, vindos a mando do imperador e que ressaltavam desconfiança pelas circunstâncias políticas em que se encontrava a Corte portuguesa e Napoleão.
A autora ressalta que no período em que para cá vieram os franceses, o barroco brasileiro era a manifestação estética vigente. Tal fato agrava a antipatia pela influência neo-clássica, de certa forma imposta pela novo contexto histórico.
O pouco-caso legado pelo ensino das artes no país, leva a arte e a Escola de Belas Artes a serem consideradas como acessórias e burguesas e fica reiterada no Decreto de 1816, com o qual Dom João VI cria o ensino artístico no Brasil, fundando a Escola de Ciências, Artes e Ofícios no Rio de Janeiro.
Até aquele momento, historicamente privilegiado, o ensino literário vinha de uma tradição jesuítica voltada para as letras e de influência hispânica e portuguesa, das escolas colonialistas e retóricas. Tal fato também contribuiu para levar o ensino das artes a segundo plano.
Um outro preconceito enfrentado neste aspecto foi o fato do país encontrar-se, aos olhos dos europeus, atrasado industrialmente, intelectualmente e abarcar a mão-de-obra escrava como principal promotora da economia do país.
“O preconceito contra a atividade manual teve uma raiz mais profunda, isto é, o preconceito contra o trabalho gerado pelo hábito português de viver de escravos.” (BARBOSA, p.27)
Com a abolição da escravatura, o ensino do desenho passa a atender às necessidades técnicas das pequenas manufaturas em implantação no país.
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