Resenha do texto: Arte-educação pós-colonialista no Brasil: ; Ana Mae Barbosa.
A autora inicia o texto ressaltando a importância da formação da Escola de Belas Artes quando da chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, no início do século XIX. Faz um comentário sobre o ensino das artes em Portugal e das dificuldades encontradas pelos artistas portugueses em seu ofício tão desvalorizado, relembra a existência no Brasil de uma estética barroca original e típica do país desenvolvida com o passar dos séculos e da e da desvalorização desta e contraposição à nova estética importada da França, o neoclassisismo.
Posteriormente, a autora adentra na questão da Proposta triangular e inicia uma análise crítica e histórica das repercussões de tal proposta a partir da década de oitenta. Inicia como uma “errata” conceitual ao termo “metodologia”, que à princípio fora utilizado pela autora e que, em contexto posterior, ela modifica para a palavra “proposta” por entende-la mais flexível e aberta para o campo da educação, ou seja, a palavra metodologia, segundo a autora parece mais inflexível, como um conjunto de técnicas a serem seguidas quando, em contraposição a isso, a autora defende que cada educador deve encontrar, em sua realidade, as formas de desenvolvimentos dos processos de compreensão da arte-educação e da arte em si. Servindo tal proposta apenas como uma sugestão de idéias e pressupostos.
A proposta triangular, é fundada na produção, leitura e contextualização da obra de arte e em experiências desenvolvidas em três importantes escolas as mexicanas (Escuelas al Aire Libre) , as americanas (a exemplo da DBAE) e a Critical Studies inglesa. A proposta é defendida pela autora, com base em pressupostos teóricos e análise de experiências desenvolvidas nas escolas citadas e em experiências desenvolvidas no país. A citar a experiência pioneira aplicada ao MAC de São Paulo juntamente com diversos profissionais de arte-educação, em processo continuado com as escolas.
A autora faz críticas a experiências práticas que deturpam alguns fundamentos da proposta e a autores e críticos que não compreendendo a idéia julgaram mal as ações desenvolvidas com base na proposta triangular. Práticas que denunciam um desconhecimento desta mas que fazem uso de seu terma para justificar uma fundamentação sem fundamento. Colocando a perder todo um processo de reflexão no processo de ensino aprendizagem da arte. Como é o caso verificado na maior parte das escolas, quando professoras com ou sem formação na área disseminam uma prática deturpada de releitura de obras de arte famosas, restringindo toda uma complexidade de idéias a um fato isolado sem reflexão crítica ou fundamentação teórica.
Uma importante reflexão do texto encontra-se na valorização do estudo da estética para a formação de arte-educadores e de estudantes. Colocando tal filosofia como importante estudo para a reflexão crítica da obra de arte e da produção artística e visual, uma vez que dota qualquer produção de valores históricos, materiais (inerentes às características materiais da obra) e expressivos. Conteúdos esses dotados de uma complexidade incomensurável de questionamento e problematizações capazes inclusive de recriar a obra a partir do olhar que se interpõe a ela. Capaz de formar o sujeito, espectador, como cidadão, uma vez que, dota-o de conhecimentos históricos e culturais imprescindíveis à sua formação e conscientização quanto a existência de uma identidade cultura própria e de valorização da cultura como bem da humanidade capaz de conferir a cada indivíduo a capacidade de expressar-se e modificar a realidade que o cerca.
Ao final, as autoras fazem uma ressalva ao importante papel dos arte-educadores, em sua maioria mulheres, de incentivarem a pesquisa de revalorização e releitura do papel da mulher no campo das artes plásticas, como construtoras de história e também como artistas e educadoras. Citando historiadoras e críticas que representaram importante papel nessa questão de referência histórica, como Abigail Solomon-Godeau, Mary Garrard, Giselda Pollock, Linda Nochlin e Lucy Lippard e de artistas como Judy Chicago e Ana Mandieta.
A autora inicia o texto ressaltando a importância da formação da Escola de Belas Artes quando da chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, no início do século XIX. Faz um comentário sobre o ensino das artes em Portugal e das dificuldades encontradas pelos artistas portugueses em seu ofício tão desvalorizado, relembra a existência no Brasil de uma estética barroca original e típica do país desenvolvida com o passar dos séculos e da e da desvalorização desta e contraposição à nova estética importada da França, o neoclassisismo.
Posteriormente, a autora adentra na questão da Proposta triangular e inicia uma análise crítica e histórica das repercussões de tal proposta a partir da década de oitenta. Inicia como uma “errata” conceitual ao termo “metodologia”, que à princípio fora utilizado pela autora e que, em contexto posterior, ela modifica para a palavra “proposta” por entende-la mais flexível e aberta para o campo da educação, ou seja, a palavra metodologia, segundo a autora parece mais inflexível, como um conjunto de técnicas a serem seguidas quando, em contraposição a isso, a autora defende que cada educador deve encontrar, em sua realidade, as formas de desenvolvimentos dos processos de compreensão da arte-educação e da arte em si. Servindo tal proposta apenas como uma sugestão de idéias e pressupostos.
A proposta triangular, é fundada na produção, leitura e contextualização da obra de arte e em experiências desenvolvidas em três importantes escolas as mexicanas (Escuelas al Aire Libre) , as americanas (a exemplo da DBAE) e a Critical Studies inglesa. A proposta é defendida pela autora, com base em pressupostos teóricos e análise de experiências desenvolvidas nas escolas citadas e em experiências desenvolvidas no país. A citar a experiência pioneira aplicada ao MAC de São Paulo juntamente com diversos profissionais de arte-educação, em processo continuado com as escolas.
A autora faz críticas a experiências práticas que deturpam alguns fundamentos da proposta e a autores e críticos que não compreendendo a idéia julgaram mal as ações desenvolvidas com base na proposta triangular. Práticas que denunciam um desconhecimento desta mas que fazem uso de seu terma para justificar uma fundamentação sem fundamento. Colocando a perder todo um processo de reflexão no processo de ensino aprendizagem da arte. Como é o caso verificado na maior parte das escolas, quando professoras com ou sem formação na área disseminam uma prática deturpada de releitura de obras de arte famosas, restringindo toda uma complexidade de idéias a um fato isolado sem reflexão crítica ou fundamentação teórica.
Uma importante reflexão do texto encontra-se na valorização do estudo da estética para a formação de arte-educadores e de estudantes. Colocando tal filosofia como importante estudo para a reflexão crítica da obra de arte e da produção artística e visual, uma vez que dota qualquer produção de valores históricos, materiais (inerentes às características materiais da obra) e expressivos. Conteúdos esses dotados de uma complexidade incomensurável de questionamento e problematizações capazes inclusive de recriar a obra a partir do olhar que se interpõe a ela. Capaz de formar o sujeito, espectador, como cidadão, uma vez que, dota-o de conhecimentos históricos e culturais imprescindíveis à sua formação e conscientização quanto a existência de uma identidade cultura própria e de valorização da cultura como bem da humanidade capaz de conferir a cada indivíduo a capacidade de expressar-se e modificar a realidade que o cerca.
Ao final, as autoras fazem uma ressalva ao importante papel dos arte-educadores, em sua maioria mulheres, de incentivarem a pesquisa de revalorização e releitura do papel da mulher no campo das artes plásticas, como construtoras de história e também como artistas e educadoras. Citando historiadoras e críticas que representaram importante papel nessa questão de referência histórica, como Abigail Solomon-Godeau, Mary Garrard, Giselda Pollock, Linda Nochlin e Lucy Lippard e de artistas como Judy Chicago e Ana Mandieta.
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