Resenha do texto: Arte/educação Contemporânea: Consonâncias internacionais_ Arte da África: Leitura de obras; Heloísa Margarido Sales; In Ana Mae Barbosa (org.); 2005, Cortez, São Paulo. Cap.2.
A autora defende o ensino e valorização da arte africana através da leitura de obras dessa cultura. Inicia o texto com uma síntese histórica que introduz o público na questão da diversidade cultural e riqueza histórica de tal continente. Pontuando o nosso próprio desconhecimento da África. História essa que, segundo a autora, nos foi negada em todo o nosso processo de formação escolar e perpetua-se nas universidades.
A autora defende o ensino e valorização da arte africana através da leitura de obras dessa cultura. Inicia o texto com uma síntese histórica que introduz o público na questão da diversidade cultural e riqueza histórica de tal continente. Pontuando o nosso próprio desconhecimento da África. História essa que, segundo a autora, nos foi negada em todo o nosso processo de formação escolar e perpetua-se nas universidades.
Segundo Heloísa Sales, essa negação, contribui para a perpetuação da ignorância e exclusão cultural. Para que possamos compreender melhor a formação de nossa própria identidade cultural, contamos então, com as manifestações populares que subsistem à indústria cultural, com indícios e marcas das origens culturais afro-brasileiras, em nossa língua, religião, folclore e musicalidade. Manifestações de uma força tal, que demonstram a força de resistência do continente africano.
No mesmo texto ela traça um paralelo entre o estudo da arte africana e os museus, citando o interesse particular, dos movimentos expressionista e modernista europeu, na valorização da arte produzida neste continente, como uma forma de negação dos cânones europeus e de busca por novas linguagens expressivas para o campo da arte. Contudo, tal processo, também imbui-se de limitações uma vez que, dado sob a ótica européia continua a considerar as manifestações africanas como primitivas e ingênuas, em sua maioria.
Posteriormente a autora analisa sucintamente,obras africanas dos séc. XIX e XX, caracteriza-as como sendo da região centro-africana e de valor simbólico extremamente complexo. As obras anônimas, conseguem representar os valores culturais desses povos e também apresenta em suas formas, valores culturais intercambiados. O que denota uma troca constante entre diversas culturas e artesãos de diferentes comunidades em diferentes tempos históricos.
Um fator importante, que dificulta a catalogação das peças e que a autora explicita, é a falta de identificação das peças encontradas em museus de diversas partes do mundo. Coletadas como peças exóticas e comercializadas em diferentes épocas, muitas peças chegaram a museus sem a devida informação geográfica e histórica.
No decorrer do texto, a autora analisa algumas obras de forma sintética e as atribui a determinadas culturas, amplia sua análise para o campo lingüístico, musical e religioso.
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